segunda-feira, 22 de setembro de 2008

36. Caso fortuito?


- Entre, eu vou pegar a chave.

Mas antes de se mover, ele então pousou os olhos nos braços e no tórax do rapaz que, vestido como estava com camiseta sem mangas, uma flanela pousada nos ombros, sentiu-se massageado por aquele exame e uma ereção involuntária marcou a sua calça. O camarada baixou os olhos, Otávio fechou a porta e aquela situação o deixou ainda mais estimulado e lembrando-se de Frederico, pressionou o moço contra a parede, apalpando-lhe a verga. O jovem desviou-se e foi se colocar no outro lado.

- Se você não quiser, posso parar. Não vou fazer nada que você não queira.

O outro permaneceu calado e Otávio pode ver uma mancha marcando-lhe a calça.

- Fique tranqüilo. Eu vou pegar a chave. Se quiser, pode usar o banheiro.

O rapaz foi ao banheiro e retornou com a flanela presa ao cós da calça. Otávio ainda mais excitado, deixou que o garoto fosse embora e dirigiu-se ao banheiro. Só lhe restava o prazer solitário.

Voltou à cama, deitou-se novamente e caiu no sono. Acordou, tomou banho, foi almoçar, voltou, encontrou com o Breno, combinaram os próximos passos para a execução do projeto de esportes – o que só aconteceria na semana seguinte quando voltasse a trabalhar – e ficou esperando que o rapaz viesse entregar-lhe a chave. Não iria descer. Ele que deixasse no balcão ou viesse ao seu quarto.

Estava novamente divagando, pensando em uma roupa para a noite, quando bateram à porta.


Abriu. Era o garoto.

Ele entrou com os olhos baixos, entregou as chaves, perguntou se poderia receber pelo serviço.

- Quanto é?

- Vinte reais.

Pagou e o rapaz não se moveu. Ficaram em silêncio.

- Você não quer se sentar?

- Não, obrigado.

Nova pausa.

- Você me desculpe por hoje de manhã. Retornou Otávio.

O rapaz nada disse, nem se mexia. Reparou então que um movimento de algo inflando-lhe a calça e não pode conter-se também. Tomou-o pela mão. Sentou-o na cama. O rapaz estendeu-se no colchão, deixando a saliência ainda mais à mostra. Otávio deitou-se ao seu lado e continuaram em silêncio. Apenas as respirações de ambos eram ouvidas. Na cabeça de Otávio passou-lhe pela cabeça a conversa que tivera na véspera com Maria Luísa. Ela podia ter razão, mas ele não precisava esperar.

Ajoelhou-se na cama e foi despindo lentamente o garoto e foi então que viu naquelas formas masculinas no auge da adolescência, a mais perfeita beleza encarnada em um homem nu. Cada músculo se desenhando como se sua tensão quisesse romper a pele, os pêlos sombreando partes do corpo. O rapaz permanecia imobilizado. Quando lhe ameaçou tocar o ventre, o menino arrebentou-se num líquido viscoso, polvilhando a pele de pontos brancos. Que cena maravilhosa, ele vira. Livrou-se também de sua roupa e ao lado do garoto, aliviou-se novamente de sua insuportável situação.

7 comentários:

Serginho Tavares disse...

um conto delicioso de ler
impossivel nao se excitar e impossivel nao querer saber o resto
parabens moço
amanha é dia de conto no meu blog tb

beijos

K. disse...

heat is up... rs

SP disse...

"o prazer solitário" :)

faz parte da vida...

escreves muito bem. gostei. parabéns, meu caro.
um abraço peludo

SP disse...

escreves muito bem e por isso mesmo devias escrever mais :)

um abraço peludo.

João Roque disse...

É óptimo este episódio, aliás como todos os demais.
Abraço.

Alberto Pereira Jr. disse...

gente.. que tesão!

Leo Carioca disse...

Legal.
Mas eu sinto mais atração por homens mais maduros. Garotão não chama muito a minha atenção, não.