Céu azul, calor, o som do carro tocando:
Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!...
O final de semana prolongado se tornando uma realidade. Era como se planassem levados por uma corrente de ar quente que os fizesse dispensar motores. Para Otávio, o álcool ingerido no jogo de cartas da noite anterior e as horas mal dormidas produziam certa enlevação. Deveria ter chegado em casa e caído na cama, ao contrário de ficar horas na internet entretido com os blogs. Sorriu ao lembrar do recado encontrado no seu último post.
Na chácara, tudo era verão. A sensualidade da luz, das cores, dos movimentos da natureza a entrar-lhes pelos sentidos. O caseiro que lhes veio entregar as chaves da casa e que não se despachava. O desejo transformando seus corpos em ímãs e eles tendo que inventar uma força centrífuga.
- Vamos dar uma volta, Otávio, ter contato com a área?
- Posso levar vocês onde quiserem. Atalhou o caseiro.
- Não é preciso, Seu Lourival. Pode ficar descansado, não queremos incomodá-lo. A gente se vira. Nosso negócio é aventurar.
Os dois caminharam lado a lado, até desaparecem no bosque. O barulho das águas do rio, o canto dos pássaros, o vento nas folhas, o cheiro da ordem natural, o gosto macio dos lábios se absorvendo. As línguas disputando espaços e o digladiar dos corpos acalorados.
Jardel se desvencilhou da contenda, despiu-se e pulou na represa que se formava ao pé da cachoeira. Otávio não deixou por menos. Eram dois meninos gravitando em torno de um sentimento. As quedas d’água a lhes bater nos músculos como se massageassem fibras que se mantinham num contínuo arroubo.
Jardel se desvencilhou da contenda, despiu-se e pulou na represa que se formava ao pé da cachoeira. Otávio não deixou por menos. Eram dois meninos gravitando em torno de um sentimento. As quedas d’água a lhes bater nos músculos como se massageassem fibras que se mantinham num contínuo arroubo.
O sol, ao se pôr, veio surpreendê-los nesse enlevo. Era hora de se prepararem para acender a lâmpada da noite.
10 comentários:
Parece que sim, vai mesmo aquecer...
E de repente, aquele lusco-fusco que vimos milhares, milhões de vezes, parece-nos novo... Grande dávida essa a de, na vida, nos podermos sempre surpreender.
Abraço.
ensaio toda hora ler a história e acompanhar. Queria que meu dia tivesse mais 5 horas para dedicar a blogs, livros, revistas, jornais. amo ler, mas me falta tempo e, pr conseqüência, paciência...
mas dei uma rápida lida em alguns posts e o que mais que chamou a atenção é a possibilidade de abordar diversos temas com a história, sem ser didático... =D *google reader já*
E tudo fica tão mais coloridinho :-)
Muito bom... dá até um ponta de inveja, ehehe
Abração!
hummmmmmmmmmmmm
e ai ???
o que virá depois...??
Adoro ver um comentário seu no meu blog mesmo que curtinho.
abração
adorei a historia voce escreve muito bem
Rapaz... minha vida é meio esqusita as vezes.... bom, eu sou meio esquisito - quase sempre (mas não conta para ninguem, por que eu sempre tento disfarçar) ;-)
Obrigado pela tua visita... e é sempre inspirador passar por aqui.
Abração!
interessante
tb tenho um blog de ficção
Espartanos...
vou ler depois
com mais paciência
desde o primeiro episódio
céu azul e calor pedem praia!!!!
Domingo- 12h15
RJ- Dia chuvoso e triste
Sonho e desejo que se realizam!E muito romanticamente.
Sucesso sempre
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